Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald não foi nem de longe tão ruim quanto as pessoas fazem parecer. Agora, não estou dizendo que o filme não é confuso ou que desculpa como só existe para configurar os filmes futuros, mas há muita coisa boa que passa despercebida.
Para um, Grindelwald é um vilão tão intrigante. Thestral Chase, Pere Lachaise, o Espelho de Ojesed, Hogwarts... Essas cenas são todas incrivelmente bem feitas e cheias de emoção e tensão. O maior problema com o filme, no entanto, é a sua edição. JK Rowling escreveu um romance disfarçado de roteiro de filme e mostra isso. Temos histórias densas de personagens e muita exposição que sobrecarrega o espectador. Mas mesmo como uma parcela de configuração, não é de forma alguma um filme terrível. Parece muito com um quebra-cabeça, exceto que é apenas uma peça que o público tem.
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O corte estendido do filme adiciona de volta várias cenas que fazem a narrativa fazer muito mais sentido. Vemos como Credence sobrevive e como ele sai em busca de sua família. Há muito mais de seu relacionamento com Nagini, com cenas que concretizam seu anseio por liberdade. Até o arco de culpa e redenção de Leta Lestrange tem mais significado neste corte estendido. A lista continua e continua…
Os Crimes da Edição (Crimes Of Grindelwald)
Um filme é sempre escrito três vezes; primeiro durante a pré-produção, seguido pela filmagem e, por último, edição. A edição é a chave para garantir que a visão do roteirista e do diretor seja realizada. Mas fazer malabarismos com uma narrativa tão densa sempre significa que a história provavelmente terá problemas de ritmo.
Então, quando cenas inteiras que detalham as motivações e arcos dos personagens são truncadas para caber em um tempo de execução, a história acaba sofrendo.
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